segunda-feira, 3 de fevereiro de 2020

PALAVRA APOSTÓLICA E PROFÉTICA, Culto de Celebração, 02/02/2020

TEMA: O QUE FAZER QUANDO PERCAMOS?

Base Bíblica: Hb. 10:1-18 

(1) A Lei traz apenas uma sombra dos benefícios que hão de vir, e não a realidade dos mesmos. Por isso ela nunca consegue, mediante os mesmos sacrifícios repetidos ano após ano, aperfeiçoar os que se aproximam para adorar. 
(2) Se pudesse fazê-lo, não deixariam de ser oferecidos? Pois os adoradores, tendo sido purificados uma vez por todas, não mais se sentiriam culpados de seus pecados. 
(3) Contudo, esses sacrifícios são uma recordação anual dos pecados, 
(4) pois é impossível que o sangue de touros e bodes tire pecados. (5) Por isso, quando Cristo veio ao mundo, disse: "Sacrifício e oferta não quiseste, mas um corpo me preparaste; 
(6) de holocaustos e ofertas pelo pecado não te agradaste". 
(7) Então eu disse: Aqui estou, no livro está escrito a meu respeito; vim para fazer a tua vontade, ó Deus. 
(8) Primeiro ele disse: "Sacrifícios, ofertas, holocaustos e ofertas pelo pecado não quiseste, nem deles te agradaste" ( os quais eram feitos conforme a Lei ). 
(9) Então acrescentou: "Aqui estou; vim para fazer a tua vontade". Ele cancela o primeiro para estabelecer o segundo. 
(10) Pelo cumprimento dessa vontade fomos santificados, por meio do sacrifício do corpo de Jesus Cristo, oferecido uma vez por todas. 
(11) Dia após dia, todo sacerdote apresenta-se e exerce os seus deveres religiosos; repetidamente oferece os mesmos sacrifícios, que nunca podem remover os pecados. 
(12) Mas quando este sacerdote acabou de oferecer, para sempre, um único sacrifício pelos pecados, assentou-se à direita de Deus. 
(13) Daí em diante, ele está esperando até que os seus inimigos sejam colocados como estrado dos seus pés; 
(14) porque, por meio de um único sacrifício, ele aperfeiçoou para sempre os que estão sendo santificados. 
(15) O Espírito Santo também nos testifica a este respeito. Primeiro ele diz: 
(16) "Esta é a aliança que farei com eles, depois daqueles dias, diz o Senhor. Porei as minhas leis em seus corações e as escreverei em suas mentes"; 
(17) e acrescenta: "Dos seus pecados e iniquidades não me lembrarei mais". 
(18) Onde essas coisas foram perdoadas, não há mais necessidade de sacrifício pelo pecado.

INTRODUÇÃO

A verdade fundamental do evangelho é que nossos pecados foram perdoados e Deus não mais se lembra deles.

Trata-se de um problema resolvido de uma vez por todas na Cruz do Calvário pelo sangue do Cordeiro de Deus.

Quando o Senhor Jesus foi crucificado ele derramou o seu sangue para lavar todos os nossos pecados.

Depois de lavar os nossos pecados ele assentou-se à direita nas alturas (Hb. 1:3).

Se depois de sermos salvos e purificados de nossos pecados, nós viermos a cometer pecado de novo, o sangue de Jesus lavará nossos pecados novamente?

O conceito natural, na vida de muitos é que é se pecamos novamente precisamos ser purificados de novo. Mas não existe tal ensino na Palavra de Deus.

O sangue purifica os nossos pecados somente uma vez. Não existe repurificarão de pecado no Novo Testamento.

No Velho Testamento, no entanto, o pecado só era coberto por um ano.

No dia da expiação eles imolavam o sacrifício da expiação e os seus pecados eram cobertos por um ano.

Foi assim até o dia em que João Batista declarou lá no deserto da Judeia: “eis o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo!” (Jo. 1:29).

Anteriormente o sangue de animais apenas cobria os pecados, mas agora o Cordeiro de Deus veio para os remover completamente e de uma vez por todas.

A lei era como um pagamento com cartão de crédito. Não era um pagamento real, mas apenas a promessa de que a conta seria paga no dia do vencimento. No dia em que o Senhor morreu no calvário a conta foi quitada.

O problema é que muitos ainda vivem como se estivessem no Velho Testamento.

Na lei havia a recordação dos pecados, mas agora que nossos pecados foram purificados de uma vez por todas, não mais precisamos viver debaixo de consciência de pecados cometidos em nosso passado.

Hb 10:16-18 (16) "Esta é a aliança que farei com eles, depois daqueles dias, diz o Senhor. Porei as minhas leis em seus corações e as escreverei em suas mentes"; (17) e acrescenta: "Dos seus pecados e iniqüidades não me lembrarei mais". (18) Onde essas coisas foram perdoadas, não há mais necessidade de sacrifício pelo pecado.

Ora, visto que a lei tem sombra dos bens vindouros, não a imagem real das coisas, nunca jamais pode tornar perfeitos os ofertantes, com os mesmos sacrifícios que, ano após ano, perpetuamente, eles oferecem. Doutra sorte, não teriam cessado de ser oferecidos, porquanto os que prestam culto, tendo sido purificados uma vez por todas, não mais teriam consciência de pecados? Entretanto, nesses sacrifícios faz-se recordação de pecados todos os anos. Hb. 10:2-3

O argumento do autor de Hebreus é que:

  • se os sacrifícios da lei pudessem purificar os pecados de uma vez por todas as pessoas não mais teriam consciência de pecado. 
  • Se os sacrifícios da lei tivessem poder de perdoar o pecado a prova seria que as pessoas não teriam mais consciência de pecado. 
  • Mas a verdade é que o sacrifício os fazia ainda mais conscientes do pecado. 
  • Eles tinham consciência do pecado por que o sacrifício de animais apenas cobria os pecados, não os removia.

Hoje o sacrifício de Jesus resolveu completamente a questão do pecado de uma vez por todas, então não precisamos viver debaixo de consciência de pecado, ou seja, debaixo de acusação.

O autor de Hebreus diz que ser livre da consciência de pecado é o resultado natural do sacrifício perfeito do Calvário.

A palavra consciência aqui significa ter conhecimento, estar ciente, não significa a consciência que acusa quando pecamos.

Assim na lei eles faziam recordação do pecado, mas na graça fazemos recordação do perdão.
Precisamos ter consciência de perdão e não consciência de pecado.

Consciência de pecado é lembrar-me constantentemente dos meus erros.

Lamentavelmente muitos ainda vivem constantemente se lembrando dos pecados como se isso representasse um maior zelo diante de Deus.

E há pregadores que acreditam que lembrar o povo do seu pecado é a sua obrigação ministerial. Mas isso é o oposto do ensino da Nova Aliança.

Muitos crentes estão na Nova Aliança, mas vivem com a mentalidade do Velho Testamento. Estão todo o tempo conscientes de pecado, sempre se avaliando para ver se não têm feito nada errado com o fim de serem aceitos por Deus.

Quando compreendemos que a obra foi consumada, deixamos de ter consciência do pecado e passamos a ter consciência de perdão.

Quando você fica se lembrando dos seus pecados você está dizendo com a sua ação que o sangue do

Cordeiro de Deus não tirou o pecado definitivamente da sua vida. Mas a verdade está clara a partir do verso 10.

Nessa  vontade é que temos sido santificados, mediante a oferta do corpo de Jesus Cristo, uma vez por todas. Ora, todo sacerdote se apresenta, dia após dia, a exercer o serviço sagrado e a oferecer muitas vezes os mesmos sacrifícios, que nunca jamais podem remover pecados; Jesus, porém, tendo oferecido, para sempre, um único sacrifício pelos pecados, assentou-se à destra de Deus. Hb. 10:10-12

Quando você recebeu a Jesus em sua vida você foi aperfeiçoado para sempre.

É exatamente isso que declara a Palavra de Deus. Você pode ter segurança de que todos os seus pecados já foram perdoados de uma vez por todas.

Estar consciente de pecado depois que eles foram perdoados é como ficar lembrando de uma dívida quitada como se ainda estivesse devendo.

O Senhor Jesus ofereceu a si próprio uma única vez como oferta por nossos pecados.

Ele efetuou a redenção eterna uma vez por todas. O verso dois declara que aqueles que foram purificados não têm mais consciência de pecado.

O sacrifício propiciatório do Senhor não é apenas para os pecados do passado, mas também para todos os pecados do presente e do futuro.

Só temos uma consciência de pecado se não cremos na obra da cruz, ou de fato nunca nos tornamos filhos de DEUS, pois vivemos na pratica do pecado.

1. O que fazer quando pecar?
Creio que está claro que um cristão não deve mais viver com consciência de pecado, sempre se olhando para ver se há algo errado com o objetivo de agradar de ser aceito por Deus.
Nós vivemos em paz na presença do Senhor.

Mas há uma questão agora: o que fazer se pecarmos novamente?

Sabemos que todos os nossos pecados foram perdoados,

  • mas o que fazer diante de Deus se cairmos novamente? 
  • Devemos ignorar o pecado? 

Creio que João nos dá a resposta.

Filhinhos meus, estas coisas vos escrevo para que não pequeis. Se, todavia, alguém pecar, temos Advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo; e ele é a propiciação pelos nossos pecados e não somente pelos nossos próprios, mas ainda pelos do mundo inteiro. I Jo. 2:1-2

João diz claramente que um dos objetivos de um filho de Deus é não pecar. Não há necessidade de pecar.

Mas o pecado é uma realidade e deve ser um acidente e não uma prática.

O fato de João chamar de filhinhos mostra que ele está falando dos que pertencem ao Senhor.

Caso ele peque João diz que ele tem um advogado diante do Pai. Veja que não é diante do juíz, mas diante do Pai, pois é um assunto de família, de comunhão.

O nosso advogado não nos defende dizendo que a tentação foi muito forte para os filhinhos suportarem, então eles não conseguiram lidar com ela por isso caíram.

  • O Senhor não diz que por serem criancinhas ainda não possuem muito conhecimento e por isso devem ser perdoados. Não é assim que ele nos defende.
  • Ele nos defende dizendo que ele é a propiciação pelos nossos pecados. 
  • A sua defesa está baseada na sua obra consumada. 
  • Esse sacrifício foi perfeito e inclui todos os pecados de todos os cristãos no tempo e no espaço. 
  • Quando esse sacrifício propiciatório é mostrado a Deus ele não tem como nos punir.
  • Para com os pecadores o Senhor é o salvador, mas para com os filhos ele é o advogado. 
  • Como Salvador ele consumou a obra da cruz, mas como advogado ele aplica a obra da cruz.


Rm. 5:8 diz: (8) Mas Deus demonstra seu amor por nós: Cristo morreu em nosso favor quando ainda éramos pecadores.


  • Ele se tornou o nosso salvador muitos antes de arrependermos, crermos e virmos a ele. 
  • Ele se tornou nosso salvador quando nós ainda éramos pecadores (Rm. 5:8). 
  • Da mesmo forma ele não se torna nosso advogado depois que arrependemos. Pelo contrário, ele já é nosso advogado mesmo quando estamos pecando.
  • Mas para ele entrar em ação, é preciso o arrependimento
  • Nosso arrependimento faz DEUS entrar em ação.


O Espirito Santo, não nos acusa, mas nos mostra nossas falhas através da nossa consciência, como já disse não é uma consciência de pecado para uma acusação perpetua e infinita, mas a consciência de que aquilo que eu fiz já foi perdoado, é a consciência do perdão.

A consciência do perdão produz arrependimento através da confissão do pecado ao pai, assim nosso advogado entrar em ação.

Veja, eu tenho na minha família eu terei pelo menos duas advogadas que me defenderam a qualquer hora e em qualquer momento da minha vida, mas para isso acontecer eu preciso aciona-las.

Em I João 1:9 diz que “se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça”. 

No original esse versículo nos diz que o sangue de Jesus está nos purificando continuamente de todo pecado, não há pecado que não possa ser perdoado, mas para haver perdão tem que haver arrependimento.

Não há múltiplas purificações, mas há uma purificação definiva e contímua, é o mesmo que acontece quando você está na praia, e se suja de areia, é só mergulhar no mar, ele está lá fazendo o que sempre faz, portanto é só ir a JESUS ele está lá, fazendo por você o que sempre fez.

A obra consumada na cruz é de uma vez por todas, mas a obra de purificação do sangue é contínua.

Nenhum animal ou homem precisa morrer novamente para você ser salvo, a não ser você mesmo.

Por que ela é contínua? Porque o Filho está continuamente apresentando a Deus a obra consumada.

Não é um repurificação, mas uma demonstração contínua a Deus de que ele já morreu e todos os pecados foram tratados.

2. A IMPORTÂNCIA DE CONFESSAR O PECADO
O perdão dos nossos pecados está totalmente baseado no sangue de Jesus.

A confissão de pecados não tem poder de apagar pecados. Como já disse essa confissão aciona o

Advogado, pois reconhecendo o pecado, imediatamente nosso advogado apresenta as provas da NOSSA INOCÊNCIA.

O que o apóstolo diz é que precisamos reconhecer o pecado e tratá-lo como pecado.

Haverá momentos em que você sentirá um peso na sua consciência, então nesse momento terá de confessar. Como fazemos isso? Apenas confesse que você reconhece que tal ato é pecado, e também confesse que pelo sangue do Senhor Jesus você já foi perdoado.

Não devemos pensar que os pecados que ignoramos são também ignorados por Deus. Não são.

Numa ocasião houve fome em Israel e Davi foi consultar ao Senhor por causa do problema e o Senhor mostrou que a causa da seca era o pecado de Saul contra os gibeonitas (II Sm. 21:1).

Davi não sabia daquele pecado, mas isso não significava que Deus tinha se esquecido. Somente o sangue de Jesus pode remover o pecado.

O tempo ou a ignorância não apagam o erro diante de Deus.

Precisamos chamar o pecado de pecado e reconhecer que ele ainda existe em nossa carne. Quando admitimos o pecado nos humilhamos diante de Deus e assim podemos ter comunhão com ele.


3. A IMPORTÂNCIA DE SE CONFESSAR A PALAVRA
Jo 13:1-5 (1) Um pouco antes da festa da Páscoa, sabendo Jesus que havia chegado o tempo em que deixaria este mundo e iria para o Pai, tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até o fim. (2) Estava sendo servido o jantar, e o diabo já havia induzido Judas Iscariotes, filho de Simão, a trair Jesus. (3) Jesus sabia que o Pai havia colocado todas as coisas debaixo do seu poder, e que viera de Deus e estava voltando para Deus; (4) assim, levantou-se da mesa, tirou sua capa e colocou uma toalha em volta da cintura. (5) Depois disso, derramou água numa bacia e começou a lavar os pés dos seus discípulos, enxugando-os com a toalha que estava em sua cintura.

Em João 13 lemos sobre o dia em que o Senhor lavou os pés dos seus discípulos. Esse evento é muito importante porque ele nos ensina que antes de termos comunhão com o Senhor à mesa precisamos ainda ser purificados.

O lavar os pés é algo fundamental, pois Jesus disse que se não lavasse os pés de Pedro, não poderia haver comunhão entre eles. Portanto o lavar os pés tem a ver com comunhão com Deus.

Disse-lhe Pedro: Nunca me lavarás os pés. Respondeu-lhe Jesus: Se eu não te lavar, não tens parte comigo Jo. 13:8

Sem o lavar desta água Jesus disse que não podemos ter parte com ele.

A água aqui é um símbolo da palavra de Deus. O Senhor disse que os discípulos estavam limpos pela palavra que ele tinha falado.

(26) para santificá-la, tendo-a purificado pelo lavar da água mediante a palavra, Ef. 5:26
(3) Vocês já estão limpos, pela palavra que lhes tenho falado. Jo. 15:3

Nós somos lavados pela água quando confessamos a palavra de Cristo.

Assim a confissão de pecado deve vir sempre com a confissão da palavra do evangelho.

Jesus disse a Pedro “se eu não te lavar, não tens parte comigo”. A palavra comigo está ligado com a comunhão. Isso significa que depois de salvos ainda podemos ter problemas em nossa comunhão com Deus.

Disse-lhe Pedro: Nunca me lavarás os pés. Respondeu-lhe Jesus: Se eu não te lavar, não tens parte comigo. Então, Pedro lhe pediu: Senhor, não somente os pés, mas também as mãos e a cabeça. 
Declarou-lhe Jesus: Quem já se banhou não necessita de lavar senão os pés; quanto ao mais, está todo limpo. Ora, vós estais limpos, mas não todos. Jo. 13:8-10

O Senhor disse que quem já se banhou não precisa banhar-se novamente. Banhar-se aqui se refere à salvação.

Nós já fomos lavados pelo sangue de Jesus, mas ainda necessitamos diariamente ser lavados pela água da Palavra.

O pecado não muda a nossa posição diante de Deus, mas ainda pode atrapalhar a comunhão.

Precisamos ter lavados pela água, os pés falam de caminho, de caminhada, é os pés que tropeçam e nos levam a cair, são os pés que nos conduzem pelo caminho errado do pecado, por isso precisam ser lavados pela palavra.

A palavra, o confessar da palavra purifica nosso caminho, nos dá direção, evita decisões erradas e as consequências pecaminosas dessa decisão.

Assim, não é a confissão que nos lava do pecado, mas o sangue de Jesus. Porem a confissão da palavra remete a ocasiões em que precisamos lavar os nossos pés da sujeira do pecado, para ser possível ter comunhão com ele.

Quem em 2020 você peque menos e tenha muita comunhão com ele!

2020 – Ano Apostólico da Graça!

Bispo Rosivaldo Melo
FRUTOS DA FÉ, Igreja Apostólica em Células

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